Eu tenho
que confessar. O motivo pelo qual eu não tenho escrito aqui no meu blog é mais
do que simplesmente não ter/encontrar/fazer tempo... Depois de ficar o maior
tempão sem escrever eu comecei a pensar que eu tinha perdido... o meu toque
sabe? Eu até tentei escrever nesses últimos meses, mas não saía legal. Não
parecia que era eu que tinha escrito.
Mas hoje
alguém me inspirou a voltar (obrigadinha Yuli). Mas antes de eu continuar contando sobre a minha jornada
‘Nos últimos 5 meses (bem, 7 agora)’, eu gostaria de compartilhar uma
experiência que eu tive esse ano. Desde já desculpem se a postagem for longa,
agüentem aí.
Sabe eu
nunca fui a mulher do tipo mãe; sempre fui mais como uma irmã mais velha. Nunca
sonhei em ter filhos, de segurar meu bebê em meus braços (embora adore segurar
o bebê dos outros rsrs) e ter uma pessoinha me chamar de ‘mãe’.
Mas algo
mudou nesse verão...
Eu tive a
chance de trabalhar bem de perto com um grupo de jovens aqui do YPG em Houston.
Como eu mencionei na minha postagem anterior, nós estávamos trabalhando em uma
peça teatral que eu tinha escrito e agora tinha que dirigir. Nós tínhamos que
nos encontrar todas as semanas, uma vez por semana, às vezes mais e então eu
tive a oportunidade de conversar muito com eles, realmente conhecê-los. Suas
dores, suas decepções, seus sonhos, suas metas na vida; e no meio de tudo isso,
algo bem dentro de mim começou a mudar... eu comecei a ter um sentimento bem
estranho, completamente desconhecido pra mim.
No começo
eu achei que fosse só entusiasmo de ver o projeto completo, mas depois de todos
esses meses eu posso dizer que foi muito mais do que isso.
Todas as
vezes que nós nos encontrávamos, eu comecei a ver o quão importante era que
estivessem sorrindo, que estivessem felizes. E se eles não estavam sorrindo,
porque não estavam? Será que estavam passando por algum problema? Como será que
estavam indo na escola? Será que tinham comido? Tinham amigos? Uma família que
os amassem? Eles sabiam o quão talentosos eram? O quão lindos? Será que as
pessoas falavam isso pra eles? Eles sabiam o quão importante eram?
Por que
essas coisas se tornaram tão importantes pra mim de repente? Por que eram tão
importantes?
Porque
enquanto aconteciam todas as reuniões e ensaios; enquanto nós lutávamos pra
fazer tudo perfeito; enquanto ríamos e compartilhávamos nossas experiências;
enquanto eles faziam novas amizades e novas lembranças, algo dentro de mim
mudou, amoleceu...
Eu comecei
a ver as pessoas de forma bem diferente a partir de então. Eu creio que eu
comecei a me importar mais, muito mais, de uma maneira mais ‘pessoal’. É como
se eu tivesse me tornado mais consciente das pessoas ao meu redor. Eu queria
ajudá-los, acrescentar em suas vidas de alguma forma, mesmo que fosse através de
um elogio ou um reconhecimento de quão duro trabalham ou através de algo bem
simples como um sorriso.
Talvez isso
é algo bem simples pra você, bem normal. Algo que você tem feito toda a sua
vida. Mas talvez você seja como eu era há 7 meses atrás, não egoísta, mas não
tão preocupada com as coisas pequenas, os detalhes na vida de uma pessoa que
são tão importantes pra ela. Talvez como eu, você era cega em relação às
pequenas coisas que fazem das pessoas ao seu redor, as pessoas a quem você ama,
quem elas são.
E a sua
irmãzinha? Você já falou pra ela como ela é boa em certas coisas? Ou perguntou
pro seu irmão se ele já comeu hoje?
E a sua
mãe? Você já disse o quão linda ela é? Ou para o seu pai o quanto você aprecia
o fato de ele trabalhar duro?
Você já parou
pra pensar que talvez aquela pessoa no seu trabalho que parece estar sempre de
mau humor, na verdade é sozinha e adoraria ter alguém pra conversar, alguém que
a escutasse?
Você já
mostrou pra sua amiga o quão feliz você é por ter alguém como ela em sua vida?
Que a sua vida é melhor por causa dela?
O que estou
tentando dizer é, você não precisa ser uma mãe, ou ser velha o suficiente, ou
experiente o suficiente, ou ter tempo o suficiente ou ‘ser’ suficiente pra se
importar com alguém.
É nas
pequenas coisas que você começa uma mudança. É nas coisas pequenininhas que
você começa a fazer a diferença.
É através
desses pequenos detalhes, aqueles que a maioria das pessoas não prestam
atenção, que você pode realmente mudar a vida de uma pessoa.
E sabe de
uma coisa? Fazendo essas coisas ‘insignificantes’ você começa a mudar a sua
vida também.
Aquele
grupo de pessoas certamente fizeram isso comigo. Eles mudaram algo bem profundo
em mim. Eles nem sabem, mas enquanto conversavam, trabalhavam, riam e dividiam
suas vidas e problemas comigo, eu me tornei o que eu nunca havia sonhado:
Eu me
tornei uma mãe... bem, mais ou menos ;)
Nossa, que demora hein! Passei os últimos meses esperando por esse post, mas valeu a pena. kkkkkk, foi de+, as vezes as pessoas fazem isso com a gente. Também fiz um teatro na escola esse ano e foi muito bom ver todos os meu colegas de classe interessados, empolgados e se esforçando em fazer uma peça meio 'cool'. Tudo bem que se não desse certo a sala inteira ficava 'pendurado' na matéria, kkkk. Mesmo assim eles me mostraram que quando queremos alguma coisas conseguimos fazer!!!
ResponderExcluirDeus te abençoe, Dona Raphaela.
Me fez repensar muitas coisas, Dna Rapha!
ResponderExcluirSaudades...
Bem eu sei bem o que é isso!!!
ResponderExcluirEmbora vendo que algo em mim mudou também ,e comecei a praticar este carinho,mesmo sendo mãe ,eu ainda era aquela Mãe sargento como foi colocado pela dn. Patricia Barbosa.
MAs quero aprender mais ...aguardamos mais rsrsrsr...Bjnhos
Seguindo em frente e confesso que estou bem desorganizada!!!!rrrrr
Me abençoou, saudades e de fé em fé sempre....
ResponderExcluirMuito forte, me ajudou muito beijinhos
ResponderExcluirlindas palavras,fortes,vou praticar
ResponderExcluirpassei aqui hoje para dizer que estava com muitas saudades deste blog,mais hoje e sempre estarei passando por aqui mesmo não fazendo comentarios, amo este espaço,bjs, sê tu uma benção sempre!!!!